domingo, 21 de outubro de 2007

Talvez


Talvez a saída de tudo fosse vivermos indeferente
quanto ao que nos poderá acontecer amanhã,
e também ao que nos aconteceu ontem?

O amanhã, nós podemos modificar, ainda que
minimamente, ou será que basta-nos o pensamento
de que tudo já está preparado, de que não somos nada
além de simples coadjuvante de nossas próprias vida?

O ontem, ainda que façamos o quase-impossível, não se modifica,
jamais se modifica. O ontem assemelha-se a um erro médico
que culminou com a morte de alguém: o que podia ser feito,
no momento certo, não o foi e já não se pode fazer mais nada!

É comum ouvirmos que as"cortinas do teatro da vida" se abrem todos
os dias...O palco, o lugar de atuação, é a nossa própria vida, e,
quero acreditar que somos os protaginistas deste inigualável show.

No entanto, algumas pessoas deixam de assumir o seu próprio espetáculo,
conformando-se em serem meros espectadores.
Para mim, estes são espectadores que vivem na expectação do que será...
São pessoas que acomodaram-se ao papel de figurantes, quando todos os
holofotes do seu teatro deveriam estar voltados para eles mesmos...
Os pôsteres que anunciam os espetáculos de tais pessoas estão
ocupados por outros rostos, por outros artistas, por outras vidas...

Talvez fosse bom assumirmos o nosso papel...
Nada melhor do que sermos os principais artistas de um
belo e único espetáculo: o nosso viver!
Ainda que cometamos erros irreparáveis no ontem, temos estes erros
como lição, aprendizagem...
E ainda que não possamos mudar o passado, poderemos utilizar
os conhecimentos e as experiências adquiridos nesse pretérito para
diminuir a probabilidade de erros no futuro...

Talvez o melhor de tudo seja viver antes que as cortinas da vida se fechem...

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