domingo, 21 de outubro de 2007

Elementos Químicos Perigosos


"Os venenos não são exclusividade das cobras nem dos homicidas. Eles estão em todo canto: se ocultam nos brinquedos, nos objetos da casa e nos remédios.

ELEMENTO nº 1 - O antimônio
Como mata: Dificilmente alguém morre por tomar uma grande dose única de antimônio - o organismo a expele antes de o efeito ser fatal. São mais comuns as mortes por muitas doses pequenas.
Dose letal: Uma pessoa pode morrer com 120 mg, desde que tudo isso seja absorvido pelo corpo - algo muito improvável.

ELEMENTO nº 2 - O chumbo
Como mata: O chumbo é um veneno que se acumula no organismo humano - especialmente nos ossos. Ele interfere na produção de sangue, no sistema nervoso e no funcionamento dos rins. Os sintomas da intoxicação incluem insônia, alucinações, cegueira, obstrução intestinal e coma.
Dose letal: A tolerância ao chumbo varia de acordo com o indivíduo - e são raros os casos de morte por dose única. É consenso que uma pessoa com mais de 80 mg do metal por 100 ml de sangue está gravemente envenenada.

ELEMENTO nº 3 - O arsênio
Como mata: A primeira reação do corpo à intoxicação por arsênio é vomitar - mas geralmente a expulsão do veneno ocorre tarde demais para impedir o estrago. Tanto os vômitos quanto a diarréia são violentíssimos e, ao fim de um ou dois dias, a vítima pode morrer de falência cardíaca.
Dose letal: Varia muito de acordo com o indivíduo, já que o corpo pode desenvolver tolerância ao veneno.

ELEMENTO nº 4 - O tálio
Como mata: Dentro do nosso corpo, os íons de tálio "se fazem passar" por potássio - elemento essencial para o organismo. Eles se instalam nas células, cujo funcionamento é prejudicado. Isso ocorre principalmente no sistema nervoso: o resultado é insônia, depressão profunda e desejo de morrer. O tálio também ataca os testículos e o coração, e causa paralisia muscular.
Dose letal: 800 mg.

ELEMENTO nº 5 - O mercúrio
Como mata: Minutos depois da ingestão de uma grande dose, começam os vômitos e a diarréia. Em casos de intoxicação aguda, surgem lesões nos intestinos, fígado e boca. O envenenamento pode levar à falência renal e tem efeitos perversos no sistema nervoso: a pessoa se torna irritada, paranóica, sofre de tremores e fala e age como louca. A imagem folclórica do "cientista louco", segundo John Emsley, teve origem em casos reais de intoxicação por mercúrio: vazamentos do metal em laboratórios eram coisa comum.
Dose letal: Em geral, 200 mg são suficientes para matar.
"

REFERÊNCIA: SUPERINTERESSANTE, ed. 218, out. 2005.
OU NESTE LINK (a reportagem na íntegra).

Eu recomendo que você leia o restante da matéria, porque lá, você encontrará, ainda, o que são esses elementos químicos, onde se encontram nos nossos produtos, seu uso na medicina, fatos históricos, além de saber qual o livro que inspirou essa reportagem e muito mais.

Capacidade para nos matar, qualquer substância tem! Basta a água passar pelo túnel errado que morremos afogados. Também aprendemos que tudo em excesso mata! Evidentemente, uns têm um poder de envenenamento maior que outros. O ideal, mesmo, é usar com parcimônia cada substância de contato. E, a nós, químicos, cabe o desenvolvimento e certificação de maior controle sobre os materiais que nos ofereçam perigo. Afinal, não deixaremos de usar termômetros, gás de cozinha, baterias, etc.

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