domingo, 21 de outubro de 2007

Elementos Químicos Perigosos


"Os venenos não são exclusividade das cobras nem dos homicidas. Eles estão em todo canto: se ocultam nos brinquedos, nos objetos da casa e nos remédios.

ELEMENTO nº 1 - O antimônio
Como mata: Dificilmente alguém morre por tomar uma grande dose única de antimônio - o organismo a expele antes de o efeito ser fatal. São mais comuns as mortes por muitas doses pequenas.
Dose letal: Uma pessoa pode morrer com 120 mg, desde que tudo isso seja absorvido pelo corpo - algo muito improvável.

ELEMENTO nº 2 - O chumbo
Como mata: O chumbo é um veneno que se acumula no organismo humano - especialmente nos ossos. Ele interfere na produção de sangue, no sistema nervoso e no funcionamento dos rins. Os sintomas da intoxicação incluem insônia, alucinações, cegueira, obstrução intestinal e coma.
Dose letal: A tolerância ao chumbo varia de acordo com o indivíduo - e são raros os casos de morte por dose única. É consenso que uma pessoa com mais de 80 mg do metal por 100 ml de sangue está gravemente envenenada.

ELEMENTO nº 3 - O arsênio
Como mata: A primeira reação do corpo à intoxicação por arsênio é vomitar - mas geralmente a expulsão do veneno ocorre tarde demais para impedir o estrago. Tanto os vômitos quanto a diarréia são violentíssimos e, ao fim de um ou dois dias, a vítima pode morrer de falência cardíaca.
Dose letal: Varia muito de acordo com o indivíduo, já que o corpo pode desenvolver tolerância ao veneno.

ELEMENTO nº 4 - O tálio
Como mata: Dentro do nosso corpo, os íons de tálio "se fazem passar" por potássio - elemento essencial para o organismo. Eles se instalam nas células, cujo funcionamento é prejudicado. Isso ocorre principalmente no sistema nervoso: o resultado é insônia, depressão profunda e desejo de morrer. O tálio também ataca os testículos e o coração, e causa paralisia muscular.
Dose letal: 800 mg.

ELEMENTO nº 5 - O mercúrio
Como mata: Minutos depois da ingestão de uma grande dose, começam os vômitos e a diarréia. Em casos de intoxicação aguda, surgem lesões nos intestinos, fígado e boca. O envenenamento pode levar à falência renal e tem efeitos perversos no sistema nervoso: a pessoa se torna irritada, paranóica, sofre de tremores e fala e age como louca. A imagem folclórica do "cientista louco", segundo John Emsley, teve origem em casos reais de intoxicação por mercúrio: vazamentos do metal em laboratórios eram coisa comum.
Dose letal: Em geral, 200 mg são suficientes para matar.
"

REFERÊNCIA: SUPERINTERESSANTE, ed. 218, out. 2005.
OU NESTE LINK (a reportagem na íntegra).

Eu recomendo que você leia o restante da matéria, porque lá, você encontrará, ainda, o que são esses elementos químicos, onde se encontram nos nossos produtos, seu uso na medicina, fatos históricos, além de saber qual o livro que inspirou essa reportagem e muito mais.

Capacidade para nos matar, qualquer substância tem! Basta a água passar pelo túnel errado que morremos afogados. Também aprendemos que tudo em excesso mata! Evidentemente, uns têm um poder de envenenamento maior que outros. O ideal, mesmo, é usar com parcimônia cada substância de contato. E, a nós, químicos, cabe o desenvolvimento e certificação de maior controle sobre os materiais que nos ofereçam perigo. Afinal, não deixaremos de usar termômetros, gás de cozinha, baterias, etc.

AMBIENTES MAIS INÓSPITOS DA TERRA

Por Karl Stetter, microbiologista.


Stetter, da Universidade de Regensburg, Alemanha, pesquisa os chamados organismos extremófilos – micróbios que prosperam em ambientes onde não resiste nenhuma outra forma de vida. Eles são importantes porque podem fornecer aos cientistas modelos da vida em outros planetas. A lista de Stetter mostra os habitats cujas condições são as piores da Terra.


1. Chaminés marinhas. É o ambiente mais quente com vida que se conhece. A água do mar penetra por fissuras na crosta em pontos das cordilheiras meso-oceânicas, é aquecida e reemerge depois em respiradouros – as chaminés negras. Os Archaea, micróbios unicelulares parecidos com as primeiras formas de vida, vivem ali num calor de até 121º C.


2. Vales secos da Antártida. Nenhum outro lugar é tão seco e tão frio (chega a 65º C negativos; até o clima em Marte é mais ameno). Mesmo assim, camadas de microorganismos fotossintéticos já foram encontradas no interior de rochas translúcidas.


3. Fossas oceânicas. Nas profundezas do mar, espécies precisam suportar o frio e a pressão esmagadora. Um submersível japonês coletou micróbios barofílicos (que se adaptam à pressão) na Fossa das Marianas, a quase 11 mil metros.


4. Lagos salinos. Archaea halófilas vivem no Mar Morto, onde a concentração do sal passa de 300 gramas por litro.


5. Fontes termais. Na península de Kamchatka, na Rússia, micróbios vivem em fontes quentes tão ácidas quanto a água usada em baterias de carros. Outras são alcalinas, e há também aquelas com elevado teor de arsênico.


6. Grandes profundidades. Micróbios hipertermófilos vivem em reservas petrolíferas, aquecidas por processos geotérmicos, a 3 mil metros da superfície do leito do mar do Norte.


7. Lixos radioativos. Poderosos mecanismos de reconstituição do DNA permitem à bactéria Kineococcus radiotolerans tolerar uma radiação muitas vezes mais alta do que o limite fatal para os humanos.



Extraído de National Geographic Brasil, maio de 2004.

Talvez


Talvez a saída de tudo fosse vivermos indeferente
quanto ao que nos poderá acontecer amanhã,
e também ao que nos aconteceu ontem?

O amanhã, nós podemos modificar, ainda que
minimamente, ou será que basta-nos o pensamento
de que tudo já está preparado, de que não somos nada
além de simples coadjuvante de nossas próprias vida?

O ontem, ainda que façamos o quase-impossível, não se modifica,
jamais se modifica. O ontem assemelha-se a um erro médico
que culminou com a morte de alguém: o que podia ser feito,
no momento certo, não o foi e já não se pode fazer mais nada!

É comum ouvirmos que as"cortinas do teatro da vida" se abrem todos
os dias...O palco, o lugar de atuação, é a nossa própria vida, e,
quero acreditar que somos os protaginistas deste inigualável show.

No entanto, algumas pessoas deixam de assumir o seu próprio espetáculo,
conformando-se em serem meros espectadores.
Para mim, estes são espectadores que vivem na expectação do que será...
São pessoas que acomodaram-se ao papel de figurantes, quando todos os
holofotes do seu teatro deveriam estar voltados para eles mesmos...
Os pôsteres que anunciam os espetáculos de tais pessoas estão
ocupados por outros rostos, por outros artistas, por outras vidas...

Talvez fosse bom assumirmos o nosso papel...
Nada melhor do que sermos os principais artistas de um
belo e único espetáculo: o nosso viver!
Ainda que cometamos erros irreparáveis no ontem, temos estes erros
como lição, aprendizagem...
E ainda que não possamos mudar o passado, poderemos utilizar
os conhecimentos e as experiências adquiridos nesse pretérito para
diminuir a probabilidade de erros no futuro...

Talvez o melhor de tudo seja viver antes que as cortinas da vida se fechem...

FILOSOFIA: ATIVIDADE CRIATIVA E REFLEXIVA


O capítulo quarto do livro Conversações de Gilles Deleuze – filósofo francês, vinculado aos denominados movimentos pós-estruturalistas, categorizações que o próprio Deleuze questionava pelo que trazem, ainda, da visão e luta pelo idêntico - , contém entrevistas que discorrem sobre algumas concepções da Filosofia; sobre como esta se apresenta na atualidade, sua relação com a arte e a ciência; tem-se também uma reflexão sobre sua principal função: a criação.


Uma primeira crítica lançada à filosofia é, que no contexto dito modernismo, esta tem retrocedido, se refugiando na reflexão porque agora nada cria. E que por causa dos direitos dos homens todos os pensamentos e análises do movimento ficam estagnados. No entanto, este autor ressalta que o filósofo é um criador e não um mero agente reflexivo. Deleuze destaca que apesar de serem díspares os objetos da arte, da ciência e da filosofia, nenhuma dessas disciplinas têm privilégio uma sobre as outras, pois “cada uma é criadora”. Apesar de diferentes, essas expressões, por vezes, mantém relações mútuas e/ou de trocas, na medida em que cada uma evolui em si próprias. Relações estas que independem vigilância ou da reflexão mútua. É atribuída à filosofia a função de criar, que não é menos importante que combinações visuais, sonoras ou funções científicas. Sem os intercessores – as criações –, afirma o autor, não há obra.


Outra citação que merece destaque: “Não existe verdade que não “falseie” idéias preestabelecidas”; pensar esta perspectiva é sublinhar que os discursos são elaborados por um determinado grupo para atender a seus próprios interesses: “o que quer dizer que cada um compreende à sua maneira a noção proposta pelo outro”. Deleuze ainda faz críticas a outros problemas contemporâneos, como modo de fazer Literatura no dias de hoje, a crise da literatura. O intuito primeiro desses escritores, diz o autor, é o mercado e para tanto, para fazerem de seus livros best-sellers, esses escritores imitam uns aos outros: “Toda a arte de hoje torna-se cada dia mais infantil. Cada um tem o desejo louco de ser o mais infantil possível. Não digo ingênuo: infantil. Hoje a arte é ou a queixa ou crueldade”. Ele diz ainda que os jornalistas são, em parte, responsáveis por essa crise, pois estes seriam prepotentes ao ponto de acharem-se preparados para escreverem qualquer coisa, mas terminam por fazerem de seus livros simples relatos de viagens, de reportagens: “É uma”secundarização” do livro que toma o aspecto de uma promoção pelo mercado”.


A mídia é responsabilizada pela imposição da idéia de proposições demasiadas entre os casais, onde os indivíduos perdem o direito de ficarem em silêncio, devendo falar até mesmo o que não tem o menor interesse. Esse autor ainda propõe a união entre a literatura e a expressão audiovisual para se oporem à instauração da produção plastificada da indústria cultural. E nos faz refletir sobre como é “impressionante que esse novo tipo de doença [doença autoimune] coincida com a política ou a estratégia mundiais”, em que a guerra tem origens internas e externas.


Infere-se, portanto, a partir dessa leitura, que a Filosofia deva se movimentar, criar novos conceitos – já que eles impedem que o pensamento seja uma simples opinião – que transponham seu campo de atuação; que possam passear pela arte, pela ciência ou qualquer outro tipo de manifestação/expressão. Mesmo em tempos difíceis, pois a criação se faz em “gargalos de estrangulamento”, criando ao mesmo tempo, seu impossível e possível. Ainda que esse estilo – movimento do conceito em filosofia – necessite de silêncio, que seja forte o bastante para abrir as palavras, fazendo da filosofia uma ciência mais acessível e inteligível, já que ela se dirige diretamente aos não- filósofos.

Células Tronco e Política


Os biólogos desenvolveram uma técnica para a criação de colônias de células-tronco humanas embrionárias a partir de um embrião humano sem destruí-lo. O método, caso seja confirmado em outros laboratórios, parece à primeira vista acabar com a principal objeção à pesquisa. Os cientistas dizem que o novo método, que está sendo anunciado por pesquisadores da Advanced Cell Technology nesta quinta-feira (24/08) no site da revista "Science", poderia fornecer um motivo para a redução das restrições ao financiamento federal das pesquisas com células-tronco humanas embrionárias.


Mas os críticos de tais pesquisas fizeram outras objeções, incluindo o possível risco ao embrião e o procedimento de fertilização in vitro em si, no qual embriões são gerados a partir de um óvulo e um espermatozóide. "Não existe nenhuma razão racional para que alguém se oponha a esta pesquisa", afirma o médico Robert Lanza, vice-presidente da Advanced Cell Technology, cuja sede fica em Worcester, Massachusetts, e líder da equipe de pesquisas. O desenvolvimento científico poderia intensificar o debate político sobre as células-tronco, e aumentar a importância dessa questão para as eleições parlamentares deste ano. Alguns candidatos já estão fazendo dessa pesquisa um tema central.


As células-tronco humanas embrionárias, que dão origem a todas as células e tecidos do corpo, causaram empolgação em meio aos cientistas e grupos de defensores dos direitos dos pacientes, por serem uma fonte potencial para novos tratamentos de doenças como Alzheimer, Parkinson e diabetes. Alguns cientistas especularam que o presidente Bush poderia aprovar o novo método, já que evitaria a principal objeção do presidente à pesquisa e demonstraria que ele esteve certo o tempo todo ao aguardar pelo surgimento de uma técnica melhor. Mas Emily Lawrimore, porta-voz da Casa Branca, sugeriu que a nova técnica não anularia as objeções de Bush, que em julho passado vetou um projeto de lei para a expansão das pesquisas com células-tronco embrionárias financiadas com verbas públicas federais. Embora Lawrimore tenha dito que é encorajador o fato de os cientistas estarem se distanciando da destruição de embriões, ela afirmou: "Qualquer utilização de embriões humanos para objetivos de pesquisa gera sérias questões de ordem ética. Essa técnica não resolve tais preocupações".


No ano passado, Lanza anunciou que culturas de células-tronco embrionárias poderiam ser obtidas a partir de blastômeros de ratos, uma descoberta confirmada por outros cientistas. Atualmente ele diz que o mesmo pode ser feito com blastômeros humanos, e que as colônias de células se comportam da mesma forma que aquelas derivadas dos blastócitos.Embora tenha usado embriões humanos descartados, Lanza disse que qualquer pesquisador que deseje obter células-tronco humanas embrionárias sem destruir um embrião poderia usar um blastômero removido para o exame conhecido como diagnóstico genético pré-implante, ou PGD, na sigla em inglês. "Ao cultivar de um dia para o outro a célula obtida para biópsia, as células resultantes poderiam ser usadas tanto para o PGD quanto para a criação de células-tronco sem que isso afetasse as probabilidades de geração de uma criança", afirma Lanza.

[...]O médico James Battey, diretor da força-tarefa de células-tronco do Instituto Nacional de Saúde, diz que não está claro se o novo método seria compatível com a restrição congressual, já que a remoção de um blastômero submete o embrião a um certo risco. Mas os embriões que foram submetidos ao exame genético pareceram tão saudáveis quanto os outros bebês gerados a partir da fertilização in vitro.


Bush permitiu o financiamento federal com células-tronco humanas embrionárias, contanto que estas tivessem sido criadas antes de 9 de agosto de 2001. Embora tal medida possa dar a impressão de inviabilizar a criação de qualquer nova linhagem de células derivadas de blastômeros, Battey afirma que isso não está claro, já que o embrião não seria destruído, e diz que procurará orientação quanto a esse ponto. A política federal não afeta as pesquisas com células-tronco financiadas pela iniciativa privada, como aquelas feitas pela Advanced Cell.


Os críticos fazem uma série de objeções à criação de linhagens de células-tronco humanas embrionárias com o novo método. Os bispos católicos, em particular, se opõem tanto à fertilização in vitro quanto ao diagnóstico genético pré-implante, e, portanto, ainda fazem objeções à pesquisa, mesmo que as células sejam criadas a partir de um embrião que não será destruído.


[...]Analistas políticos disseram que as novas descobertas podem fazer com que as pesquisas com células-tronco embrionárias se transformem em um assunto de campanha, ao manter este tópico na mídia, e ao fazer com que seja mais difícil que os oponentes expliquem a sua posição. "Isso deixa a comunidade pró-vida encurralada", afirma Stuart Rothenberg, um analista não partidário das eleições parlamentares. "Como regra, não se deve fazer oposição aos avanços científicos".



Fonte:
The New York Times, 24/08/06

Dicas de Saúde


SAIS MINERAIS E ÍONS

(sais na forma insolúvel/estrutural e íons na forma solúvel/reguladora)


- CÁLCIO (Ca): como sal, participa de ossos, dentes, carapaças e conchas; como íon, participa de coagulação sangüínea, contração muscular, sinapse nervosa, controle da permeabilidade das membranas e formação da lamela média vegetal; em excesso (hipercalcemia), leva à paralisia muscular; na falta (hipocalcemia), leva à tetania muscular (contrações exageradas)


- CLORO (Cl): principal íon negativo nos seres vivos, age no controle osmótico


- COBALTO (Co): participa da vitamina B12


- COBRE (Cu): relacionado a enzimas digestivas e neuromusculares; entra na hemocianina de moluscos, crustáceos e aracnídeos


-FERRO (Fe): participa de proteínas como hemoglobina (transporte de gases no sangue), mioglobina (retenção de oxigênio nos músculos; dá cor vermelha a eles) e citocromos (transporte de elétrons na respiração e na fotossíntese)


- FOSFATO (PO4---): participa de ossos e dentes, nucleotídeos (DNA e RNA), processos energéticos (ATP), membranas celulares (fosfolipídios) e como íon-tampão (mantém o pH constante no meio)


- FLÚOR (F): participa de dentes e é bactericida


- IODO (I): participa dos hormônios da tireóide (T3 e T4); na falta, leva ao hipotireoidismo (bócio endêmico)


- MAGNÉSIO (Mg): como sal, participa de ossos, dentes, carapaças e conchas; como íon, participa de controle da permeabilidade das membranas e síntese protéica; é componente da clorofila e dá cor verde a ela


- MANGANÊS (Mn): relacionado a enzimas digestivas e neuromusculares


- POTÁSSIO (K): principal íon positivo vegetal, age no controle osmótico, na transmissão do impulso nervoso, na síntese protéica e na respiração celular; em excesso (hiperpotassemia), leva à paralisia nervosa; na falta (hipotassemia), leva à hiperatividade nervosa e cãibras


- SELÊNIO (Se): relacionado a enzimas nervosas


- SÓDIO (Na): principal íon positivo animal, age no controle osmótico e na transmissão do impulso nervoso; em excesso causa desidratação dos tecidos


- ZINCO (Zn): relacionado a enzimas respiratórias (anidrase carbônica), digestivas, neuromusculares e imunológicas


COLESTEROL


CONCEITO: É um álcool policíclico que origina os lipídios esteróides, podendo também ser considerado um esteróide. Está ausente em célula vegetais, sendo típico de animais.


IMPORTÂNCIA: estabiliza a membrana plasmática animal, origina os hormônios esteróides (sexuais e corticóides) e forma os sais biliares na bile


TRANSPORTADO NO SANGUE COMO lipoproteínas de colesterol, que podem a VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa), a LDL (lipoproteína de baixa densidade) e a HDL (lipoproteína de alta densidade).


QUANTO MENOR A DENSIDADE, maior o conteúdo lipídico e maior a probabilidade desta lipoproteína se acumular na parede dos vasos sangüíneos. Assim, o LDL/VLDL (COLESTEROL RUIM) se acumula colesterol nas paredes dos vasos, formando placas denominadas ateromas, o que caracteriza a aterosclerose, levando a um aumento de pressão arterial (hipertensão) e daí à morte do músculo cardíaco (infarto) ou acidente vascular cerebral (AVC ou derrame).
Já o HDL (COLESTEROL BOM) não se acumula nos vasos e ajuda a remover ateromas


ORIGEM: 90% do colesterol é endógeno, tendo origem no fígado (principalmente) e no intestino. Os ácidos graxos são quebrados em acetil-coA, que formam o colesterol. 10% do colesterol é exógeno, vindo de fontes animais na dieta.


A DIETA INFLUENCIA a produção de colesterol:
- gorduras saturadas (de origem animal: carnes, manteiga...) estimulam a produção de colesterol ruim;
- gorduras poliinsaturadas (encontradas em óleos de peixe, por exemplo, e comumente adicionadas em margarinas, leites, etc...) diminuem a produção tanto de colesterol ruim como de colesterol bom;
- gorduras monoinsaturadas (azeite de oliva, por exemplo) diminuem as taxas de colesterol ruim e aumentam as taxas de colesterol bom.

ADORNO: A MÚSICA ENQUANTO SUPRIMENTO DO PENSAMENTO MOMENTÂNEO


A música se constitui numa das mais ricas e difundidas atividades culturais da sociedade atual. No entanto, embora estejamos o tempo todo imersos num mundo povoado por músicas de todas as espécies, a nossa relação com a música é algo extremamente difícil de ser formalizada e cuja compreensão se dá na esfera do sensível e do intuitivo.


Em seu ensaio, O Fetichismo na Música e a Regressão na Audição, Theodro W. Adorno - filósofo e sociólogo alemão, projetou-se como um dos críticos mais ácidos dos modernos meios de comunicação de massa - diz que a desconcentração reflete a incapacidade do ouvinte moderno de manter a tensão e a atenção durante o processo de escuta. A música tornou-se, segundo esse autor, um fetiche, um prazer momentâneo. Ele afirma ainda que a indústria cultural produz a música “ligeira” para suprir uma necessidade ilusória que “completa” os indivíduos num determinado momento, e que depois esses mesmos indivíduos sentirão a necessidade de uma nova “droga”. Daí nasceria a incapacidade deles distinguirem o que ouvem: o indivíduo não sabe classificar qual música é séria – também chamada de música clássica, que tenta fugir da banalidade, onde se tem a preocupação com a métrica e com a melodia – e acabam relacionando-se com as musica fúteis.


Para Adorno a música séria não deveria ser ouvida por qualquer pessoa nem de qualquer jeito; pois é preciso dar uma atenção especial a mesma por se tratar de um processo sério de questionamentos psicológicos. Por isso, ele contra a massificação e a favor da elitização da música erudita. Ele defende que a música “verdadeira” deve ser fechada à uma elite que tem condição de ouvir e vivenciar uma cultura não massificada e, portanto, não alienante. É verdade que o ouvinte se tornou então uma espécie de colecionador que conhece não a música, mas fragmentos dela. É capaz de assobiar uma melodia que escutou no rádio, se encantar com um trecho de canção ao passar por uma loja, mas cada vez menos tem tempo e iniciativa de realizar uma escuta atenta e imersiva. Além disso, deixa de fazer um exercício essencial para a compreensão de qualquer produto cultural: o exercício da contextualização.


No entanto, o enclausuramento de qualquer expressão cultural, por determinados grupos sociais, não é interessante. A massificação de alguns produtos 'elitizados', que sofrem algumas modificações durante esse processo, abre a possibilidade das pessoas simples conhecerem o trabalho de grandes músicos, pintores, intelectuais, etc, e de estudos que tratem das diversas visões sobre estes produtos. O lado negativo, dessas modificações, a partir da massificação, é que “ao esvaziar a obra de seu conteúdo, a indústria cultural massificadora oculta a essência da experiência estética”[1]


[1]JÚNIOR, Reynaldo Roels. Mutações da Arte na Modernidade. Gávea, Rio de Janeiro, setembro de 1985. Disponível em: .

sábado, 20 de outubro de 2007

Os Meios de Comunicação e o [Des]Controle Social


A cada dia, os Meios de Comunicação de Massas (MCM’s) inovam com o desenvolvimento tecnológico. No entanto, esse progresso que, à primeira vista, só traria benefícios aos usuários/telespectadores esconde a face mais obscura do poder exercido pela mídia e pelos demais meios de comunicação: o [Des]controle social.

Afirmar que os MCM’s exercem controle sobre as “massas de indivíduos” [telespectadores, usuário da rede internacional de computadores, dentre outros] é homogeneizar, generalizar demais; é um absurdo...É o mesmo que dizer que inexistem pessoas capazes de filtrar, psicologicamente, as idéias e as diversas mensagens e ideologias veiculadas por tais meios [e por que não dizer meios de controle e/ou descontrole social, visto que, de certa forma, os MCM’s exercem, sobre uma grande maioria que não possui cognição suficiente para perceberem quão manipulados são, um controle ideológico, conceitual: míope].

Atualmente, um espaço onde se pretenda discutir assuntos ligados à realidade em que vivemos - um espaço onde se discuta os problemas sociais, políticos e econômico, as inúmeras crises e escândalos pelas quais passa o Governo brasileiro, por exemplo - em agências/empresas de notícias, na mídia em geral estão extintos, pois, estas empresas/veículos visam, acima de tudo [eu diria somente], o lucro e muitos destes [todo(a)s, ao meu ver] possuem o "rabo preso" com empresas, com partidos políticos e com tudo quanto tenha o dinheiro como finalidade.

O descontrole social, decorrente do controle [alienação] de muitos indivíduos pela mídia e MCM’s, está no fato de que a atenção dessas pessoas para o que é realmente importante acaba sendo desviada para “espetáculos ilusionistas”, para uma amostra fantástica da realidade [uma realidade mascarada, maquiada]. Como exemplo desses mecanismos de controle, temos as novelas, a Malhação [“Folhetim da tarde”, se que se pode dizer assim, de péssima qualidade, na minha opinião], programas humorísticos com falso fundo de criticidade...Enfim...Tudo isso faz-nos faz rememorar a chamada Política do Pão e Circo, implantada pelo Imperador César, exercida no Antigo Império Romano. Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

Hoje, de forma similar, o Brasil comporta milhões de desempregados. A grande maioria destes estão conformados com essa situação. Muitos já cruzaram os braços e tentam justificar essa atitude com a frase mais comumente usada por aqueles que se renderam à miséria e a pobreza, à condição social a que foram submetidos [frutos de grandes disparidades sociais; desfavorecidos; pessoas que não conseguem uma tão sonhada oportunidade]: “não adianta, emprego está difícil para todo mundo”.

Mas, por onde começar alguma(s) transformação(ões)? De onde tirar forças para lutar contra esse sistema injusto, onde os ricos cada vez mais enriquecem e os pobres tornam-se mais miseráveis ainda [Essa afirmação sempre nos remete ao “Xibom Bom Bom” do extinto grupo musical As Meninas. Seria, portanto, a irreverência a melhor maneira de enfrentarmos as dificuldades!?]?. O que fazer? Por isso, não devemos ser tão radicais e até desumanos a ponto de criticarmos as pessoas que, por não terem outra opção [por não terem educação, por não terem seu direitos respeitados, por não terem emprego, por não terem..., por não terem...,por não terem...], conformam-se com as “regalias” [migalhas] dessa “Política de Pão e Circo brasileira ”: afinal este é o país que mais exporta novelas, por isso devemos nos orgulhar [“a diversão do povo”], é também um dos poucos países onde uma grande massa de pobres é beneficiada com os “grandes Programas Assistenciais do Governo Federal” – Bolsa Escola, Bolsa Família, Vale Gás, por exemplo [“Alimentação para o povo”]...

Deixo, portanto, essa indagação: nós, brasileiros, retrocedemos ou a Política de Pão e Circo é que é um verdadeiro anacronismo para o Antigo Império Romano?